SOM E SILÊNCIO
Acadêmicas: ELARA CUNHA, LILIAN RODRIGUES
registros, cooperação, trocas, redes de conhecimentos...
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Marcadores: Elara Cunha e Lilian Rodrigues
Resumo:Desenvolver o gosto pela leitura é o tema a que se pretende discutir nesse texto.É possível estabelecer um vínculo de prazer ao ato de ler?Tudo depende da forma como é apresentado tal prática ao indivíduo na sua mais terna infância.Se a leitura do mundo precede a leitura da palavra, estimular o imaginário da criança através de contos diferentes pode ser um bom começo. Palavras chaves: infância,leitura,prazer. Introdução:Existe coisa mais divertida do que ler para as crianças?Magia,fantasia e imaginação são apenas alguns dos elementos presentes nesses momentos, muitas vezes inesquecíveis. Por que as escolas formam tão poucos leitores e o gosto pelos livros ainda é (quase) uma raridade em nosso país? Tendo como foco "ler por prazer" é que vejo a importância dos primeiros contatos de uma criança com um livro e saliento que as crianças precisam ser incentivadas pelos adultos, pelas pessoas que estão a sua volta, principalmente, porque a criança sente uma vontade irresistível de imitar o adulto.É preciso aguçar aquilo que a criança já possui de sobra:a curiosidade pelo simples desejo de conhecer as coisas, por isso é muito importante que o adulto aprenda a lidar naturalmente com a sua curiosidade de modo que seja possível transformar essa mesma curiosidade em uma espécie de ferramenta favorável à aprendizagem das mais diversas formas de leituras que o mundo oferece. Encantamentos, fantasia, mágicas. Eis os ingredientes principais das histórias de minha infância. Lembro-me que quanto mais histórias minha professora me contava, mais a nossa curiosidade aguçava. Mais histórias queríamos saber, quantas mais houvessem. Esquecíamos do mundo, do tempo, nada mais importava. Diante disso tudo, uma questão se impõe: por que será que a criança necessita tanto da fantasia?Yunes e Pondé(1989,p.47)afirmam: A fantasia é uma maneira de traduzir a realidade(...)O discurso literário abre perspectivas para a percepção do mundo do ponto de vista da infância, traduzindo então suas emoções, seus sentimentos, suas condições existenciais em linguagem simbólica que efetue a catarse e promova um ensaio geral da vida:isso já ocorre com o brinquedo em que a própria criança pode tornar-se narradora, o "autor" do texto. Em entrevista a Revista Veja(1993,p.7,8)René Diatkine, um psicanalista francês que defende a leitura dos contos infantis para a formação de adultos saudáveis, diz o seguinte: É o jogo entre a linguagem do cotidiano e do texto dos contos que enriquece o imaginário infantil(...)a leitura não deve ser encarada como aprendizado puramente escolar.Ler um conto é uma brincadeira que deve ser repartida com prazer;as crianças precisam de histórias que as levem a conhecer outro mundo. Fico a imaginar como seria bom se nós professores preocupados com a promoção da leitura, com o prazer inigualável que a leitura pode proporcionar desenvolvêssemos, priorizássemos mesmo, essa capacidade de seduzir, de atrair, de formar leitores em busca de leituras diversificadas, efetuadas e com PURO PRAZER. Para se formar(ganhar)um leitor, é preciso despertar na criança o prazer de realizar inúmeras descobertas em um livro, uma revista, em um gibi, em um jornal.... das suas alegrias e tristezas, das suas dores e inquietações, dos seus sentimentos e desejos secretos. Conforme Araújo(2000, p.09), a leitura deve ser usada "como um instrumento de transformação dos indivíduos na perseguição de uma causa comum a todos: a felicidade, o pleno prazer de todos que fazem parte de nossa sociedade." Araújo(idem,p.52), alerta que "Os problemas gerais que cercam o ato de ler no Brasil(passam)pela falta de planejamento pedagógico da leitura, a pobreza do produto, os objetos do mercado,o que faz da leitura para as crianças uma terra de ninguém. A prática desenvolvida:O principal objetivo deste trabalho é destacar a leitura com prazer, propiciar atividades que possibilitem um comportamento "leitor"; fazer com que as crianças se tornem leitores autônomos e busquem por si só novos livros, só pela curtição de viajar em suas páginas. Tendo como foco a falta de interesse pela leitura, propus estimular, despertar o interesse pelos livros e contos. Utilizando-me de uma proposta de ensino baseada em meu tema e apoiada na teorização de autores nesta área, procurei desenvolver uma prática em sala de aula que incentivasse e desenvolvesse a criatividade do aluno, fazendo-o buscar novos meios de ler por puro prazer. A monitoria foi realizada no Centro de Apoio Pedagógico de Educação Básica 2(CAPEB 2)com crianças de 6 a 12 anos. Comecei com a HORA DO CONTO DIVERTIDA. Escolhi primeiro o assunto, neste caso Bruxas, questionei sobre quem conhece? quem ja viu?.... Logo após, ja caracterizada de BRUXA, fiz com que todos alunos entrassem na roda, com muitas brincadeiras e gargalhadas(ha,ha,ha). Pude sentir nos olhinhos dos alunos o quanto estavam achando engraçado e curioso tudo de novo que estava acontecendo. Começei contar o conto da Bruxa Onilda vai a Paris, com muitos facetes e fazendo "caras e bocas", ficou combinado que depois de alguns parágrafos eu iria parar a leitura e passaria o meu chapéu de bruxa para outro aluno, e o mesmo continuaria a contar a história.Foi algo mágico e interessante, pois todos se inseriram na atividade e ela se tornou estimulante, no final todos queriam mais! Ao término da história, pus um baú no meio da roda, com vários livros sobre BRUXAS, só que não disse nada, simplesmente larguei ali; e derrepente aconteceu o que eu queria que acontecesse, os alunos por si só procuraram os livros e começaram a ler e a mostrar uns para os outros, foi tudo de bom. Para finalizar:após a prática e o estudo chego a conclusão de que como educadora tenho como obrigação inserir no contexto das crianças o mundo mágico da leitura, mostrar a elas o quanto é prazeroso e como é bom viajarmos além de nosso mundinho, do qual podemos ser tudo....princesas, princípes, reis e magos...fazendo assim desse momento algo inesquecível e único e aprendendo assim LER POR PRAZER! Bibliografia: ARAÚJO,Jorge de Souza.Caderno de Exercícios:algumas reflexões sobre o ato de ler/Ilhéus:Letra Imprensa,2000,p.127. DIATKINE,René.Histórias sem fim.Entrevista a Fábio Altman.Revista Veja.Rio de Janeiro,17 mar.1993,p.7-9. YUNES,Eliana e PONDÈ,Glória.Leitura e Leituras da Literatura Infantil.2ed;São Paulo:FTD,1989,p.151. Acadêmica:Fernanda Pereira Dias
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O primeiro dia de aula, foi com um caloroso "Boa Tarde" de cara, depois me apresentei e disse-lhes o que eu ia fazer ali, que ia ficar somente uma semana e que ainda passaria uma tarefa à eles para que os mesmos o fizessem. A atenção deles estavão completamente voltada para mim naquele momento tão mágico... Que pra mim era e é tão importante para o meu aprendizado e para conhecê-los melhor, para aprofundar ainda mais neste "mundinho" todo especial.
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Como constata a professora Magda Becker Soares (2000), que, há anos, vem se debruçando sobre esse conceito e sua prátca. "Se uma criança sabe ler, mas não é capaz de ler um livro, uma revista, um jornal, se sabe escrever plavras e farses, mas não é capaz de escrever uma carta, é alfabetizada, mas não é letrada".
Assim, será alfabetizado em suficiente para vivenciar plenamente a cultura escrita e responder as demandas de hoje. Além de aprender a ler e a escrver, a criança deve ser levada ao domínio das práticas sociais de leitura e de escrita. Letramento é definido sendo o contrário de analfabetismo. Analfabetismo é definido como o estado de quem não sabe ler e escrever; seu contrário, alfabetismo ou letramento, é o estado de quem sabe ler e escrver. Ou seja: letramento é o estado em que vive o indivíduo que não só sabe ler e escrver, mas exerce as práticas sociais de letura e escrita que circulam na sociedade em que vive: sabe ler e lê jornais, revistas, livros, sabe ler e interpretar tabelas, quadros, formulários, sua carteira de trabalho, sua conta de água, luz, telefone; sabe escrever e escrve cartas, bilhetes, telegramas sem dificuldade, sabe preencher um foremulário, sabe redigir um ofício, um requerimento.
Alfabetização e eletramento se somam. Ou melhor, a alfabetização é um componente do letramento. Mas isso não quer dizer que os dois processos, alfabetização e letramento, sejam processo distintos; na verdade, não se distingue, deve-se alfabetizar letrando.
Formar leitores autônomos significa, capacitar os alunos para decidir quando sua interpretação é correta e quando não é. Trata-se então de proporcionar às crianças oportunidades de construir estratégias de altocontrole de leitura.(Lerner, cap.4)
Se alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar significa leva-la ao exercício das práticas sociais de leitura e de escrita. Uma criança alfabetizada é uma criança que sabe ler e escrever; uma criança letrada é uma criança que tem o hábito, as habilidades e até mesmo o prazer da leitura e da escrita de diferentes gêneros de texto, em diferentes suportes ou portadores, em diferentes contextos e circunstâncias. Alfebetizar letrando significa "orientar a criança para que aprenda a ler e escrever levando-a a conviver com práticas reais de leitura e de escrita". O instrumento, que é um processo que se estende por todos os anos de escolaridade e , mais que isso, por toda a vida.
É um engano pensar que o processo de letramento é um problema apenas do processo de Português: letrar é função e obrigação de todos os professores. Rótulos de produtos são textos que devemos aprender a ler, mas certamente não precisaremos aprender à escrever.
A diferença é que crianças das camadas favorecidas tem um convívio inevitavelmente mais frequente e mais intenso com material escrito e com prática de leitura e de escrita do que as crianças das camadas populares. Dois aspectos precisam, ser considerados: de um lado, a escola deve aprender a valorizar também o material escrito e as práticas de leitura e de escrita com as crianças das camadas populares convivem, de outro lado, a escola deve dar oportunidades a essas crisnças de ter acesso ao material escrito e as práticas de cultura dominante.
Para completar uma formação que a torne capaz de letrar seus alunos, que conheça o processo de letramento, que conheça as características e peculiaridades dos gêneros de escrita próprias de sua área de conhecimento.
(desculpe, mas não consegui colocar a citação no canto da folha)
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