A realidade

Jéssica Coelho dos Reis

Que dó que dá
Ver aquele menino descalço passar.
O que foi, o que será que aconteceu
para ele não ter calçados como eu?
Lindo o sorrisso que estampava em seu rosto
Coberto de laegria e verdade.
Ah, que saudade!
Do tempo em que a sinceridade
fazia parte da sociedade.

SINALIZADOR

Simone Lüetkemeyer









Que lindo casal!
Casal de quê?
Casal de ganso
que tenho em meu
rancho que não
param de gritar.
TIC-TAC como
se chamam, andam
de um lado pro outro
deixando todo mundo
louco sem saber
o que fazer.
Que lindo casal!
Casal de quê?

PARLENDAS


Poema das Parlendas

Ângela Queiróz

Pra quem não sabe o que é parlenda
Eu vou explicar melhor
São versinhos declamados
Desde os tempos da vovó

As parlendas fazem parte
Do folclore brasileiro
São bastante conhecidas
Por nosso país inteiro

Desde os tempos dos antigos
Que as amas recitavam
Parlendas às suas crianças
E elas sempre adoravam

Aprendiam divertindo-se
As cores, os números, os dias,
Todos os meses do ano
Eram ensinados com alegria

Para nós as professoras
Que vamos alfabetizar
Parlendas tem o objetivo
De divertir ao ensinar

"mini crônicas"

ELEIÇÕES
Kelly Marques Fantinel - PED

Fui na minha sessão, estava lotada, muitos eleitores diziam que iriam anular os votos, pois todos os candidatos eram iguais, ladrões e mentirosos, só mudavam de nome e número e ainda tinha os caras de pau que juravam ser honestos.
Ok, votei nos meus cinco candidatos honestos, pois afinal, o rodízio de pizza tem que continuar.

DIREITOS E DEVERES
Gilberto Gabriel Barbosa - PED

O dever de cada cidadão mais uma vez foi exercido. Muitos através do voto nas urnas no período eleitoral, criticaram silenciosos os nossos governantes. Seria bom o voto aberto, onde pudêssemos sem receios e discriminações, votar, esclarecer o voto e poder dizer em alto tom “tenho orgulho de ser brasileiro”.

O MAL VESTIDO
Ionice - PED

O senhor entra no mercado e pede um pouco de queijo. Por estar mal vestido, alguns funcionários achavam que ele podia roubar algo, mas antes de sair do mercado ele disse: - Olho as coisas com a mão porque não sei ler.

MENINO ENCANTADO
Jéssica C dos Reis - PED

Fui pega de surpresa ao entrar no ônibus essa semana, quando me deparei com um menino de quatro anos mais ou menos, muito falante, alegre e agitado. Veio conversar comigo e me fez perguntas como se me conhecesse há anos. De uma pureza tão grande e um rosto encantador, ficou em minha memória.

BONECA DE PORCELANA OU FANTASMINHA
Rodrigo Luís Chisini - PED

Boneca de porcelana, fantasminha ou branco. Me vejo nesta sinuca de bico, em quem votar? Boneca é a favor do aborto e diz abertamente que vai trabalhar pela sua legalização no país. Fantasma, vende o Brasil e o que temos por preço de banana, o privatizador. Me restou votar em branco, mas votar em branco é votar em cima do muro e não exercer de fato a democracia. Enfim, será que vale mesmo me preocupar em quem votar?

PALHAÇO ELEITO
Ana Beatriz Weber - PED

Nestas eleições fomos surpreendidos nas urnas de São Paulo. Nosso alegre e despreparado Tiririca foi o mais votado para Deputado Federal. Será que o Brasil estão tão desacreditado que elegeu um humorista, supostamente analfabeto, para ser seu representante?

BRASÍLIA VIROU CIRCO
Dayane Santos - PED

Para comandar o circo e continuar a palhaçada que é Brasília, elegemos na última eleição o Tiririca para Deputado Federal. Agora é só rolar de rir da nossa própria desgraça, pois com o Tiririca, pior do que “tá” não fica.

UMA BELA MANHÃ PARA VOTAR
Tatiana Vieira Fagundes - PED

Três de outubro, domingo, dia de eleições. Uma bela manhã. Sol, pássaros cantando, paisagens verdes. Mentira! Eram brancas. Brancas de papéis de propaganda política. Ruas e avenidas sujas pelos papéis. Manhã em que deveríamos acordar e olhar para a rua com a mente aberta e limpa para fazer a melhor escolha em quem votar. Tudo o que se vê é um ambiente poluído.

CONSCIÊNCIA ELEITORAL
Cristina J. Pires - PED

No dia três de outubro quando fui votar vi como as pessoas estão despreparadas. Pois, na fila da votação, já não lembravam o nome dos candidatos que supostamente haviam escolhido.

E AGORA
Trícia D. Rodrigues - PED

Passou o dia das eleições. E agora, será que acertamos ou erramos. É só esperar, os votos foram definidos. Fizemos certo ou errado, teremos uma revelação ou será a mesma história de sempre. E agora, o que virá? A esperança é grande, mas o futuro é uma ilusão. Será mesmo que só uma revolução mudaria o nosso agora?

A BELEZA DO DESCOBRIMENTO
Ariane de Matos Martins - PED

A hora de escovar os dentes, a “atração” de uma simples pia por onde corre a água, o desafio que propõe uma estante, que parece “chamar” para ser escalada. São as emoções do descobrimento do mundo para a criança; que nós adultos recordemos de vez em quando destes encantamentos de infância, será que eles tem algo a ensinar?

A MENINA DE OLHAR TRISTE
Aline de Lima Daniel - PED

Certo dia, observava o recreio de uma escola, por todos os lados, crianças brincavam, sorriam e conversavam. Porém notei a um canto, sentada em um banco uma menina de olhar triste, não brincava, imersa em seus pensamentos, nem mesmo uma única colega dela aproximava-se, parecia excluída.

UM DIA ESPECIAL
Suellen Ferreira Luz - PED

Na festa de aniversário do meu filho pude observar a alegria dele ao brincar com os amigos, corpo suado, pulando, o sorriso largo, olhos radiantes, o entusiasmo ao abrir o presente, impaciente, mal podia conter a empolgação ea felicidade que tomavam conta de seu corpo, durante aquele dia tão especial.

Relatos de experiência

Oficina de Brinquedos

Sabrina da Silva Borba
Este projeto tem sua origem na disciplina de Estágio Supervisionado em Espaço não Escolar, buscando recuperar a ação de brincar através da construção de brinquedos. Têm como objetivos observar de que maneira a construção de brinquedos pode auxiliar na forma de recuperar a ação de brincar, uma vez que as próprias crianças dão vida ao brinquedo imaginado. Também, tem a finalidade de observar as relações de aprendizagem e analisar o desenvolvimento da criatividade da criança no processo de construção do seu próprio brinquedo, utilizando materiais diversos.
O projeto Oficina de Brinquedos envolve crianças que frequentam o Centro de Apoio Pedagógico da Educação Básica I Profª Sônia Bauer, localizado no bairro Ipiranga, no município de Imbé, no período de 05 a 09 de Outubro de 2009, de segunda a sexta-feira, nos turnos da manhã e tarde.
Expor objetivos do CAPEB, dados da estrutura física, recursos disponíveis, como são ofertadas as, como são organizados os grupos de crianças (número aproximado que crianças Atendidas) e quem os “professores” que atuam no CAPEB.
O brinquedo é a peça fundamental para o desenvolvimento intelectual e da coordenação motora da criança. Caracterizado como produto artesanal (como podemos definir produto artesanal), o brinquedo age de forma interativa no mundo de fantasias da criança, aproximando-a da realidade social em que vive, desenvolvendo experiências internas e externas ao seu mundo, promovendo melhores resultados na aprendizagem.
O universo infantil está sempre presente em cada um de nós. As experiências na infância deixam profundas marcas em nossa vida, mesmo sem sabermos disso, as trazemos nos costumes, gestos e falas. Através do brinquedo fazemos uma integração com nossas experiências vividas.

Cultura Gaúcha

Heloiza Ferreira de Oliveira

O ser humano tem necessidades de dominar as representações, sejam elas como imagens, símbolos ou significados. A cultura é composta por estes elementos, entretanto esta é muito conhecida, porém pouco compreendida, sendo que poucos percebem seus detalhes e sua riqueza. “Sabemos que a cultura é produzida nas mais diferentes instâncias da vida social, mas a escola por seu caráter de obrigatoriedade desempenha, em relação à disseminação da cultura, um papel fundamental.” ( KRAMER; Leite – 1998, p. 07) Acredito que a continuidade da cultura acontece mais facilmente no momento em que ela é vivida e conhecida desde criança. Mostrar e vivenciar a tradição gaúcha através do lúdico, do brincar e do construir constitui objetivos deste trabalho.
A cultura ultrapassa obstáculos, principalmente a do nosso estado, pois esta é influenciada por outras culturas. Por isso, é fundamental desenvolver ações sobre os valores, como a etnia, no qual tem maior destaque na nossa região, sendo esta cultura construída por outras mais, como a alemã, indígena, negra, etc.
Quanto a cultura tradicionalista, devemos lembrar que não deve ser cultivada apenas e unicamente em espaços tradicionalistas, mas em lugares e espaços variados.
Tendo em vista estas questões pretendo na proposta de Estágio em Espaço não Escolar desenvolver atividades de conhecimento cultural através do lúdico, do brincar, conservando e valorizando de forma diversificada a cultura do Rio Grande do Sul junto Casa de Cultura do município de Palmares do Sul, pois a temática do projeto está baseada na cultura gaúcha, vivenciada neste espaço, através de exposições de objetos antigos, história de família que colonizaram esta região.
A Casa de Cultura tem a preocupação de explorar o ambiente, através da participação da comunidade, onde contribuem com doações, e participação das atividades propostas pela casa. Apesar de poucos recursos, o resgate e a valorização da cultura regional esta presente através das crianças, que são o futuro do nosso município e do país.
Na faixa etária de 2 a 10 anos trabalhar com este tema é gratificante, pois a cultura é mais vivenciada, pois a curiosidade faz com que estes, questionem, interagem mais, contribuindo com a construção dos conceitos de cultura.
Por se tratar de um tema amplo e de um trabalho que envolve um espaço cultural, pretendo por meio da temática “Cultura gaúcha”, trabalhar com crianças na faixa etária de 2 a 10 anos, oriundas das escolas do município, priorizando a imaginação, o relato de histórias antigas, a construção de brinquedos e as brincadeiras que nossos avós brincavam usufruindo dos ambientes que a casa disponibiliza como a biblioteca, a sala de exposição e o laboratório de informática.

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