Monitoria
Realizei esta monitoria com alunos de 1ª série. Tendo como enfoque despertar o encantamento das crianças na aprendizagem da leitura e da escrita na alfabetização, buscando no cenário escolar as diferentes compreensões, os diversos mecanismos envolvidos dentro deste, bem como explorar atentamente o processo de aquisição da turma, observando três crianças como fundamentadoras dos dados pesquisados. Pretendo despertar nas crianças o interesse e destacar a importância sobre o uso dos dicionários mediante apresentação de diferentes tamanhos de dicionários, estado de conservação se novos usados ou velhos, as datas de quando surgiram (anos), autores, espessuras, peso, números de palavras, numerações das páginas, enfim todas as qualidades visíveis de cada dicionário. Como chegar até as palavrinhas já conhecidas, entre outras formas de explorações apresentadas durante o manuseio. Proporcionar um contato mais próximo, trabalhar com a criatividade nas construções dos seus próprios mini-dicionários deixando-os criar e montar significativamente.
Dentro da proposta de monitoria, em uma turma de alfabetização, trabalhar com o dicionário, é reconhecer na prática a importância desse processo para aprendizagem das crianças. Também, dar conta do quanto o professor deverá estar sempre atento para as construções dos alunos. Explorar as vivências das crianças é sem dúvida respeitá-las enquanto descobridor de suas habilidades experimentais dentro de seu ambiente constituidor das primeiras noções em convívio social e cultural. Dentro desse enfoque procurei realizar minha prática voltada para as construções dos alunos, em formação e formadores de novas construções dentro da leitura e da escrita. Propiciar novas relações com os diversos modelos e tamanhos dos dicionários, e explicar de forma bastante lúdica a histórica e função deste que é um instrumento solucionador das dúvidas existentes na escrita, assim como esclarecer as dúvidas com relação aos significados e maneiras da escrita das palavras. Buscar dados que revelem as formas diferenciadas de aquisição da leitura e da escrita dentro do processo de alfabetização será uma forma de analisar a eficiência dos métodos utilizados em sala de aula. "Entender o mundo das letras, sobretudo nos centro urbanos é para a criança a possibilidade de começar a utilizar alguns códigos do mundo adulto, bem como de dar significados consistentes às inúmeras grafias com as quais ela se defronta todos os dias. Sem dúvida é um processo muito rico para a criança e muito envolvente e desafiador para o professor” (Silva, 1995, p.5). Foi com este olhar pesquisador que procurarei dados que revelassem a utilização do dicionário como instrumento também alfabetizador e enriquecedor das práticas pedagógicas. Criar hipóteses dentro dos processos de aquisição das crianças, tanto da leitura quanto da escrita é promover problematizações diante do desenvolvimento da linguagem oral e escrita.”A literatura se alimenta do vasto campo das possibilidades humanas, que ela socializa tanto aos que podem alcançá-las por outros meios, quanto aos que estão privados dessa chance. Competiria à escola colaborar para a concretização dessa utopia da arte; não poderia fazê-lo, porém, sem levar em conta o tipo de diálogo que se estabelece entre o público e as obras. Por sua vez, oportunizar sua prática e refletir os modos como ele se efetiva talvez sejam atividades mais que suficientes para legitimar a presença da literatura na sala de aula” (Silva, 1989, ps.21,22 ).
Diante da importância de se apresentar os diferentes gêneros literários aos alfabetizandos, incluindo os dicionários, procurei dentro de minha proposta de exploração literária envolver o “aluno P”, com o intuito de incentivá-lo a descoberta do dicionário como fonte de consulta para suas escritas espelhadas, embora saibamos que a construção ortográfica é um processo que em geral deverá ser assimilado pela própria criança depois dela escrever alfabeticamente. Além é claro de uma maior explicitação visual ao qual dependerá do professor fazer trabalho paralelo com atividades complementares. Ao propor a construção do mini-dicionário pude presenciar o envolvimento de todas as crianças. A colocação das vivências desses alunos em prática proporcionou a confirmação da capacidade da “aluna B”, em expressar com atenção, eficiência e segurança um domínio referente aos conhecimentos ortográficos, bem como nas organizações mentalmente elaboradas, compreendidas e explicitadas no modo rápido e seguro. Compreensão e atenção são as duas palavras que comprovam minhas investigações referentes à precisão desta menina nas execuções das tarefas o que durante as minhas observações se comprovaram o domínio aliado ao gosto pelos livros infantis. A terceira fonte de levantamento de dados é também explicitada pela “aluna Y”, que demonstrou durante as observações evidências que certamente existem dentro das salas de aula, que a diferenciou da menina anterior foi exatamente à inquietação dos domínios aquisicionais ortográficos, em um nível de autocobrança, e perfeccionismo muito forte, o que poderá em séries posteriores algum tipo de bloqueio. Penso nesta terceira e última investigação a “aluna Y”, demonstra em suas execuções em relação as suas aquisições reflexos, de seus pré-conceitos concebidos em suas vivências sócio-culturais, onde deve ter enquanto conceito de que terá que acertar tudo sempre, e tomou isso como uma regra, porém demonstra um bloqueio em manifestar as explicações referentes a determinados assuntos. Segundo alguns teóricos, a alfabetizadora deverá estar atenta a esse aprendiz, para que possa entender que neste processo o “errar” e o “esquecer” também são forma de aquisição de novos conhecimentos. “(...) Precisamos lembrar que é possível o aprendiz ”saber o fazer” (a escrita correta da palavra), “saber o porquê” e não “saber explicar”.... Eu diria que a escola deverá ajudar os alunos a alcançarem um conhecimento explícito das regras e irregularidades de nossa ortografia, isto não quer dizer que a solução seja “dar fórmulas verbais” prontas para os alunos ou exigir sempre que eles saibam declarar verbalmente todas as regras e todas as irregularidades. “(Morais, 1999, p.93)”. Penso que muitas vezes, as crianças são depositárias dos desejos e anseios dos pais, fatores que colaboraram para a comprovação de que as vivências das crianças podem sugerir à escola e ao professor a hora e o como ensinar.
Busquei dentro das teorizações de vários autores, estruturar com veemência minha prática pedagógica em afirmar o quanto o uso do dicionário é importante no processo de aquisição da leitura e da escrita dentro da sala de aula de alfabetização. O significado social de aprender a ler e a escrever é um motivo presente e desejado para a criança, a ser expresso, inicialmente, pela aprovação que os familiares e professores atribuem as suas conquistas. "A tantos jeitos de a criança ler, de conviver com a leitura de modo mais próximo sem achar que é algo do outro mundo, remoto, enfadonho ou chato... culpados são os adultos que não lhe propiciam este contato, que não abrem essas outras trilhas para todas as maravilhas que é o caminho mágico do mundo encantado das letras”. (Abramovich,1997.p.163). Acredito no papel do professor como o grande articulador na construção do conhecimento, cabe a ele apresentar ao aluno todas as possibilidades de busca para que com autonomia, formule seus conceitos. Nossas crianças atribuem ao professor importante papel no sucesso do aluno durante o processo de alfabetização, o que implica que, da perspectiva das crianças, nenhum programa escolar efetivo pode ser feito sem a participação de um bom professor, pois o professor continua sendo importante figura no processo de aprendizagem escolar da língua escrita mesmo quando a criança não é bem sucedida nesse aprendizado.
Referências:
Abramovich, Fanny. Literatura Infantil:gostosuras e bobices. SP:Scipione.1997
Almeida, A.M. Deixando que as crianças falem: A concepção de alfabetização das crianças em processo de aquisição da língua escrita. Monografia. Instituto de Psicologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ. 1992.
Almeida, A.M. & Correa, J. Aprendendo a ler e a escrever na palavra dos aprendizes. [Resumo]. Em Sociedade Brasileira de Psicologia (Org.), Resumos de Comunicações Científicas, XXV Reunião Anual de Psicologia (p.511). Ribeirão Preto: SBP. 1995.
Morais, A.G. de. O aprendizado da ortografia. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
Silva, M.A.S.S.e. Construindo a Leitura e a Escrita: Reflexões sobre uma prática alternativa em alfabetização.São Paulo, SP:Editora Ática, 1995.
Acadêmica: Juçara da Rosa Möller.
Dentro da proposta de monitoria, em uma turma de alfabetização, trabalhar com o dicionário, é reconhecer na prática a importância desse processo para aprendizagem das crianças. Também, dar conta do quanto o professor deverá estar sempre atento para as construções dos alunos. Explorar as vivências das crianças é sem dúvida respeitá-las enquanto descobridor de suas habilidades experimentais dentro de seu ambiente constituidor das primeiras noções em convívio social e cultural. Dentro desse enfoque procurei realizar minha prática voltada para as construções dos alunos, em formação e formadores de novas construções dentro da leitura e da escrita. Propiciar novas relações com os diversos modelos e tamanhos dos dicionários, e explicar de forma bastante lúdica a histórica e função deste que é um instrumento solucionador das dúvidas existentes na escrita, assim como esclarecer as dúvidas com relação aos significados e maneiras da escrita das palavras. Buscar dados que revelem as formas diferenciadas de aquisição da leitura e da escrita dentro do processo de alfabetização será uma forma de analisar a eficiência dos métodos utilizados em sala de aula. "Entender o mundo das letras, sobretudo nos centro urbanos é para a criança a possibilidade de começar a utilizar alguns códigos do mundo adulto, bem como de dar significados consistentes às inúmeras grafias com as quais ela se defronta todos os dias. Sem dúvida é um processo muito rico para a criança e muito envolvente e desafiador para o professor” (Silva, 1995, p.5). Foi com este olhar pesquisador que procurarei dados que revelassem a utilização do dicionário como instrumento também alfabetizador e enriquecedor das práticas pedagógicas. Criar hipóteses dentro dos processos de aquisição das crianças, tanto da leitura quanto da escrita é promover problematizações diante do desenvolvimento da linguagem oral e escrita.”A literatura se alimenta do vasto campo das possibilidades humanas, que ela socializa tanto aos que podem alcançá-las por outros meios, quanto aos que estão privados dessa chance. Competiria à escola colaborar para a concretização dessa utopia da arte; não poderia fazê-lo, porém, sem levar em conta o tipo de diálogo que se estabelece entre o público e as obras. Por sua vez, oportunizar sua prática e refletir os modos como ele se efetiva talvez sejam atividades mais que suficientes para legitimar a presença da literatura na sala de aula” (Silva, 1989, ps.21,22 ).
Diante da importância de se apresentar os diferentes gêneros literários aos alfabetizandos, incluindo os dicionários, procurei dentro de minha proposta de exploração literária envolver o “aluno P”, com o intuito de incentivá-lo a descoberta do dicionário como fonte de consulta para suas escritas espelhadas, embora saibamos que a construção ortográfica é um processo que em geral deverá ser assimilado pela própria criança depois dela escrever alfabeticamente. Além é claro de uma maior explicitação visual ao qual dependerá do professor fazer trabalho paralelo com atividades complementares. Ao propor a construção do mini-dicionário pude presenciar o envolvimento de todas as crianças. A colocação das vivências desses alunos em prática proporcionou a confirmação da capacidade da “aluna B”, em expressar com atenção, eficiência e segurança um domínio referente aos conhecimentos ortográficos, bem como nas organizações mentalmente elaboradas, compreendidas e explicitadas no modo rápido e seguro. Compreensão e atenção são as duas palavras que comprovam minhas investigações referentes à precisão desta menina nas execuções das tarefas o que durante as minhas observações se comprovaram o domínio aliado ao gosto pelos livros infantis. A terceira fonte de levantamento de dados é também explicitada pela “aluna Y”, que demonstrou durante as observações evidências que certamente existem dentro das salas de aula, que a diferenciou da menina anterior foi exatamente à inquietação dos domínios aquisicionais ortográficos, em um nível de autocobrança, e perfeccionismo muito forte, o que poderá em séries posteriores algum tipo de bloqueio. Penso nesta terceira e última investigação a “aluna Y”, demonstra em suas execuções em relação as suas aquisições reflexos, de seus pré-conceitos concebidos em suas vivências sócio-culturais, onde deve ter enquanto conceito de que terá que acertar tudo sempre, e tomou isso como uma regra, porém demonstra um bloqueio em manifestar as explicações referentes a determinados assuntos. Segundo alguns teóricos, a alfabetizadora deverá estar atenta a esse aprendiz, para que possa entender que neste processo o “errar” e o “esquecer” também são forma de aquisição de novos conhecimentos. “(...) Precisamos lembrar que é possível o aprendiz ”saber o fazer” (a escrita correta da palavra), “saber o porquê” e não “saber explicar”.... Eu diria que a escola deverá ajudar os alunos a alcançarem um conhecimento explícito das regras e irregularidades de nossa ortografia, isto não quer dizer que a solução seja “dar fórmulas verbais” prontas para os alunos ou exigir sempre que eles saibam declarar verbalmente todas as regras e todas as irregularidades. “(Morais, 1999, p.93)”. Penso que muitas vezes, as crianças são depositárias dos desejos e anseios dos pais, fatores que colaboraram para a comprovação de que as vivências das crianças podem sugerir à escola e ao professor a hora e o como ensinar.
Busquei dentro das teorizações de vários autores, estruturar com veemência minha prática pedagógica em afirmar o quanto o uso do dicionário é importante no processo de aquisição da leitura e da escrita dentro da sala de aula de alfabetização. O significado social de aprender a ler e a escrever é um motivo presente e desejado para a criança, a ser expresso, inicialmente, pela aprovação que os familiares e professores atribuem as suas conquistas. "A tantos jeitos de a criança ler, de conviver com a leitura de modo mais próximo sem achar que é algo do outro mundo, remoto, enfadonho ou chato... culpados são os adultos que não lhe propiciam este contato, que não abrem essas outras trilhas para todas as maravilhas que é o caminho mágico do mundo encantado das letras”. (Abramovich,1997.p.163). Acredito no papel do professor como o grande articulador na construção do conhecimento, cabe a ele apresentar ao aluno todas as possibilidades de busca para que com autonomia, formule seus conceitos. Nossas crianças atribuem ao professor importante papel no sucesso do aluno durante o processo de alfabetização, o que implica que, da perspectiva das crianças, nenhum programa escolar efetivo pode ser feito sem a participação de um bom professor, pois o professor continua sendo importante figura no processo de aprendizagem escolar da língua escrita mesmo quando a criança não é bem sucedida nesse aprendizado.
Referências:
Abramovich, Fanny. Literatura Infantil:gostosuras e bobices. SP:Scipione.1997
Almeida, A.M. Deixando que as crianças falem: A concepção de alfabetização das crianças em processo de aquisição da língua escrita. Monografia. Instituto de Psicologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ. 1992.
Almeida, A.M. & Correa, J. Aprendendo a ler e a escrever na palavra dos aprendizes. [Resumo]. Em Sociedade Brasileira de Psicologia (Org.), Resumos de Comunicações Científicas, XXV Reunião Anual de Psicologia (p.511). Ribeirão Preto: SBP. 1995.
Morais, A.G. de. O aprendizado da ortografia. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
Silva, M.A.S.S.e. Construindo a Leitura e a Escrita: Reflexões sobre uma prática alternativa em alfabetização.São Paulo, SP:Editora Ática, 1995.
Acadêmica: Juçara da Rosa Möller.
Um comentário:
Parabéns pela inciativa! Experimente fazer essa intervenção numa turma de terceira ou quarta série. Registre os dados aqui!!! Abraços!!!
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