RELATÓRIO DE MONITORIA

INTRODUÇÃO
A monitoria foi realizada em uma turma de Educação Infantil, com 20 crianças de 5 anos, sendo desenvolvida por meio de um processo de desenvolvimento da capacidade cognitiva do sujeito observador em relação ao objeto observado.
Nesse sentido foi narrada uma história aos alunos, a partir da qual eles puderam desenvolver a percepção de que a um nome sempre estará ligado uma pessoa.
Então, por meio desse diálogo, as crianças vão familiarizando-se com as letras do alfabeto, o que as aproximará cada vez mais da consiência de que tudo é expresso por palavras que, por sua vez, são compostas por letras.

A monitoria objeto deste trabalho foi realizada em uma Escola de Educação Infantil que possui salas ambientes onde são ministradas as atividades de cada uma das turmas da Escola, desde o Maternal I até o Jardim B.
As turmas obedecem a um rodízio de forma que todas possam usufruir um pouco de cada uma das salas, resgurdadas as peculiaridades próprias a cada faixa etária.
Há a sala de recreação lúdica, onde ficam diversos brinquedos e jogos, cartazes com os números, árvore das mãozinhas, alfabeto ilustrado, um varal com os trabalhos dos alunos, um mural com fotos dos alunos e seus respectivos aniversários, outro mural de recados para os pais, um armário para o material dos alunos e o gancho com os nomes dos alunos decorados para que eles possam pendurar suas mochilas.
Há também a sala de recreação audiovisual para reprodução de músicas e vídeos, bem como para a leitura de contos.
O pátio e pracinha também são incluídos no rodízio de forma a possibilitar um melhor desenvolvimento de atividades dentro de cada faixa etária.
O almoço os Jardins A e B consiste em um buffet onde os alunos servem-se sob orientação da professora.
Durante o horário de repouso, após o almoço, os alunos do Jardim estão dormindo em uma sala que fica separada do prédio principal da escola, mais ao fundo do pátio, tendo em vista a dificuldade encontrada em fazê-los dormir.
Todas as quartas-feiras pela tarde o Jardim B tem aulas de teatro com outra professora.

OS ASPECTOS DA TURMA
Os alunos da turma são, em geral muito participativos, mostram interesse pelas atividades pedagógicas, porém entram em conflito com facilidade, momento estes em que são reveladas, muitas vezes, características de discriminação racial, inclusive com ofensas verbais.
A professora tem trabalhado estes aspectos por meio de exemplos, histórias que valorizam o papel das pessoas, independentemente da cor de sua pele.
Para os comportamentos agressivos, existe a cadeira do pensamento. Durante as brincadeiras há uma divisão natural de grupos entre os meninos e as meninas, os quais dificilmente misturam-se.
O meu objetivo nesta monitoria foi fazer com que as crianças entrassem em contato com as letras de seu nome, de modo que elas pudessem identificar nestes sinais gráficos os correspondentes sonoros de seus nomes, passando a fazer uma ligação entre a fala e a escrita , despertando, assim a sua curiosidade sobre como nascem as palavras. Paralela a esta atividade fazendo acompanhamos o nascimento das plantas com o objetivo de desenvolver a consciência ecológica e despertá-las para a necesidade de cuidar a natureza.
Série: Jardim B Número de alunos: 20
Tema: Reconhecimento do nome próprio e a observação do nascimento de uma muda de feijão.
Justificativa: O desenvolvimento intelectual das crianças se dá de maneira muito intensa durante a infância e o papel do aprendizado empírico nesta fase é de suma importância para a noção de responsabilidade e formação do caráter da criança. E por meio do contato com a natureza é possível despertá-las para suas futuras responsabilidade em relação ao meio-ambiente.
Objetivo: fazer com que a crianças entrem em contato com as letra a partir daquelas que compões os seus nomes, passando a identificá-las como símbolos das palavras que pronunciam e estimular o respeito e despertar interesse das crianças pela natureza.
IDÉIAS TEÓRICAS QUE FUNDAMENTAM O TEMA
Partindo da realidade que os alunos constróem o seu conhecimento, o professor deve ser o mediador entre o mundo dos fatos e a reflexão e elaboração de hipóteses para explicar os diversos fenômenos que irão circundar o aprendizado infantil.
Como asseveram Ferreiro e Teberosk, a atual visão do processo de alfabetização é radicalmente diferente dos métodos tradicionais,
“[...] no lugar de uma criança que espera passivamente o reforço externo de uma resposta produzida pouco menos que ao acaso, aparece uma criança que procura ativamente comprender a natureza da linguagem que se fala à sua volta, e que, tratando de compreendê-la, formula hipóteses. [...] aparece uma criança que constrói por si mesma a linguagem, tomando seletivamente a informação que lhe provê o meio.” (FERREIRO E TEBEROSKI, 1991, P.22)
O professor pode iniciar a alfabetização a partir do nome da criança, pois vai ser através de seu próprio nome que ela irá conhecer as letras, os sons, fazer observações, criar hipóteses da escrita e da leitura, fazendo ligações com outras palavras. Parte daí a importância de nós, professores, estimular e motivar nossos alunos com aulas bem diversificadas e com muito material letrado, com reiteram Ferreiro e Teberosk.
“Atualmente, sabemos que a criança que chega à escola tem um notável conhecimento de sua língua materna, um saber que utiliza “sem saber” (inconscientemente) nos seus atos de comunicação cotidiano.” (FERREIRO E TEBEROSKI, 1991, p. 24)
Mesmo antes de entrar na escola a criança vive em uma cultura letrada, desenvolvendo uma série de hipóteses sobre a leitura e a escrita. De início, a criança não compreende que a escrita corresponde a fala, mesmo quando alguém lê uma história para ela, acredita que o significado surge das associações entre a figura e o texto. Sendo assim, a participação oral das crianças deve ser estimuladade formas variadas, por meio do incetivo para contarem ou recontarem as histórias á sua maneira (observando as gravuras), para fazerem relatos, atividades em grupo, etc.
1º MOVIMENTO
Contar a história “João e o pé de feijão”, explorando intensamente as gravuras, com diálogos posteriores a respeito dos apectos mais atraentes da história, com espaço para manifestação de cada um dos alunos.
Neste diálogo, foram trabalhados os nomes dos alunos a partir do nome do protagonsita da história João, que foi apresentado para eles ao mesmo tempo em que cada um ganhou o seu crachá.
2º MOVIMENTO
Após a conversa, fizemos o jogo da trilha, com perguntas da história, onde dois grupos, um de cada vez, jogava o dado para percorrer a trilha, respondendo as perguntas encontradas pelo caminho. Realizamos, ainda, um bingo com o mesmos nomes.
3º MOVIMENTO
Fizemos a experiência sobre como nasce o feijão, registrando as etapas do crescimento da muda, conversando sobre o que ela precisa para se desenvolver e desenhando cada uma das etapas do crescimento.
Por último foi espalhado fichas com os nomes dos alunos de modo que cada um tivesse que procurar a do seu nome.
OBSERVAÇÕES E CONCLUSÕES DA REALIZAÇÃO DA MONITORIA
As atividades transcorreram de maneira natural e dinâmica, proporcionando a cada aluno, no final das atividades, o reconhecimento de algumas letras que compõe o seu nome, os nomes dos colegas e o nome da personagem da história contada.
Vale salientar, também, que os alunos se mostraram bastante entusiasmos com todo o processo de descoberta das letras, prestando muita atenção às minhas orientações.
Do mesmo modo ocorreu em relação a brincadeira da trilha, onde as crianças puderam trabalhar com números e cores.
Corroborando o processo de aprendizagem acerca do nome, agora, toda vez que os alunos entram em sala de aula, colocam suas mochilas em seus respectivos ganchos, devidamente identificados pelos seus nomes, bem como penduram seus trabalhos nos prendedores identificados da mesma maneira.
Na atividade com a semente de feijão os alunos perceberam as necessidades das plantas e os cuidados que devemos ter para permitir que elas se desenvolvam. De maneira interativa, as crianças construíram o conhecimento em conjunto com a professora, dialogando e formulando hipóteses para as questões que surgiam.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um dos aspectos mais relevantes do aprendizado é justamente o de atentar as expectativas do aluno, de modo que ele sinta-se um pouco mais seguro com o mundo a sua volta, a partir das experiências que, uma vez trabalhadas em sala de aula, se fazem presentes também no cotidiano dos alunos, auxiliando-os a tomarem suas decisões, a exporem suas idéias e opiniões.




REFERÊNCIAS

FERREIRO, Emília; TEBERSOSKI, Ana. Psicogênese da língua escrita. 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

Um comentário:

múltiplos... disse...

A educação infantil pode ser foco dos teus estudos nos próximos semestres, bem como o envolvimento da criança no universo escrito. Abraços!!!

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